COREIA DO
NORTE CONDENA TRUMP À MORTE.
A Coreia do Norte declarou
nesta quarta-feira que o líder dos Estados Unidos, Donald Trump, foi condenado
à morte no país por insultar o presidente Kim Jong-un. “O pior crime pelo qual
ele nunca pode ser perdoado foi ousar profanar a dignidade da suprema liderança”,
afirmou o editorial do jornal estatal Rodong Sinmun.
“Ele deve saber que é apenas
um criminoso hediondo condenado à morte pelo povo coreano”, apontou o jornal.
O texto, que classifica o
presidente americano como “depravado” e “velho escravo do dinheiro”, assegura
que este “foi ridículo ao manipular a realidade” e “soltar todo tipo de
maldições contra nós”, durante seu discurso de 22 minutos na Assembleia
Nacional de Seul no último dia 8 de novembro.
Durante uma intervenção
especialmente dura, o presidente americano denunciou as violações de direitos
humanos na Coreia do Norte e se dirigiu a Kim Jong-un para dizer que se o seu
avô, Kim Il-sung, buscava criar um paraíso, “o país acabou se transformando no
inferno”.
As referências do político
republicano à Coreia do Norte foram constantes inclusive chegou a chamar Kim
“gordo e baixinho” em um tuíte, sem que os meios de comunicação oficiais de
Pyongyang tenham respondido até agora a essas declarações.
Apesar dos ataques diretos, a
Coreia do Norte aguardou até um dia depois de Trump encerrar a extensa excursão
pela Ásia, que lhe levou também a Japão, China, Vietnã e Filipinas. O artigo do
Rodong assegura que Pyongyang “observou com paciência os ridículos atos de
Trump até o final”.
Declaração de guerra
O governo norte-coreano também
qualificou como uma “declaração de guerra” o duro discurso de Trump durante sua
visita na semana passada a Seul, no qual criticou as condições de vida dos
norte-coreanos. “Os imprudentes comentários soltos por Trump durante sua
excursão não podem ser vistos de outra maneira que a confirmação da hostilidade
da Casa Branca contra a RPDC (sigla da República Popular Democrática da Coreia,
nome oficial do país), e como uma declaração de guerra”, apontou o editorial do
Rodong Sinmun.
Não foi a primeira vez que
Pyongyang comparou as ações do americano a ameaças bélicas. Em julho e em
setembro deste ano a Coreia do Norte fez declarações semelhantes.
A visita de Trump à Ásia
esteve muito marcada pelas tensões com a Coreia do Norte e a chamada à
comunidade internacional para que esteja unida na hora de condenar e pressionar
o regime de Pyongyang para que ponha fim ao seu programa nuclear e de mísseis.
Fonte: Ângela Nunes-Veja.com
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