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quarta-feira, 11 de março de 2020

PF investiga caso de pastor que se passou por policial federal em briga de trânsito em Natal


Um homem abordou uma família que estava em um carro ao lado do seu, na avenida Jaguarari, em Natal, afirmando ser policial federal e pedindo os documentos do motorista. O caso aconteceu após uma briga de trânsito nesta terça-feira (10). A Polícia Federal nega que o homem que fez a abordagem seja ligado à corporação e afirma que já está apurando o caso. A ação foi filmada.
Procurado pela reportagem, o homem disse ser um pastor evangélico e que ainda nesta semana vai se posicionar sobre o ocorrido.
De acordo com o relato do condutor do outro carro, que preferiu não se identificar, o desentendimento começou na rotatória entre a Avenida Presidente José Bento (Avenida 3) e a Rua Jaguarari, na Zona Leste da capital.
“Eu entrei na rotatória e ele vinha na Jaguarari. Ele não me deu a preferência, passou na minha frente de uma forma que eu tive que frear o carro bruscamente e eu buzinei, para ele ter mais atenção. Seguimos, coincidentemente, no mesmo sentido. Sentido Centro”, relata.
O motorista estava com a esposa e a filha de cinco anos no veículo. O casal ia deixar a criança na escola. Segundo ele, mais adiante tentou uma ultrapassagem e o pastor o trancou. Isso teria ocorrido mais uma vez, até que conseguiu fazer a ultrapassagem.
“Quando ultrapassei ele, estava com o vidro baixo, mostrando um distintivo e dizendo que era para eu encostar o carro, que era uma abordagem da Polícia Federal. Eu disse que não ia encostar e segui o trajeto”.
No cruzamento entre a Rua Jaguarari e a Avenida Alexandrino de Alencar, o sinal fechou e os automóveis ficaram um do lado do outro. “Ele desceu do carro, dizendo que era policial federal, que eu não deveria ter feito aquilo, que ele tava trabalhando, que estava descaracterizado porque tava em uma operação e que o carro em que ele estava era uma viatura da Polícia Federal”, conta.
Durante essa abordagem, a esposa do condutor filmou o homem. Ele fotografou placa e também o carro do casal. “Muito constrangedor. Minha esposa começou a chorar. Ele pediu o documento do carro e eu disse que não daria. Ele disse que eu estava preso e eu disse que não”.
Depois de algum tempo de bate-boca, o pastor teria proposto ao casal que apagasse os vídeos, dizendo que também apagaria as fotos que fez e liberaria a família daquela situação, reafirmando que seria uma abordagem da PF. “Foi só aí que fomos liberados”, diz o motorista.

G1RN
agrestedorn.com.br

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