Biografia de Jair Bolsonaro
Por Dilva Frazão
Jair Bolsonaro (1955) é capitão da reserva do Exército e político
brasileiro. Exerce seu sétimo mandato de deputado federal pelo estado do
Rio de Janeiro. É pré-candidato à Presidência da República nas
eleições de 2018.
Jair Messias Bolsonaro nasceu em Campinas, São Paulo, no dia 21 de março
de 1955. Filho de Perci Geraldo Bolsonaro e de Olinda Bonturi, ambos
descendentes de famílias italianas. Foi aluno da Escola Preparatória de Cadetes
do Exército, de Campinas. Em 1977 formou-se na Academia Militar das Agulhas
Negras, em Resende, Rio de Janeiro. Cursou a Brigada de Paraquedismo do Rio de
Janeiro. Em 1983 formou-se no curso de Educação Física do Exército. Chegou a
patente de Capitão.
Em 1986 liderou um protesto contra os baixos salários dos militares.
Escreveu um artigo para uma revista de grande circulação no país, intitulado “O
salário está baixo”. Por infringir o regulamento disciplinar do Exército, foi
preso durante 15 dias. No ano seguinte, novos atos de indisciplina foram
realizados. A “Operação beco sem saída” tinha como objetivos explodir bombas em
várias unidades da vila militar da Academia Militar das Agulhas Negras e em
outros quarteis, se o reajuste de salário ficasse abaixo de 60%. O plano foi
atribuído a Bolsonaro e ao Capitão Fábio Passos. Em junho de 1988, os militares
foram julgados e inocentados. Nesse mesmo ano, Bolsonaro foi para a reserva com
a patente de Capitão.
Carreira
Política
Em novembro de 1988, Jair Bolsonaro foi eleito para a Câmara Municipal
do Rio de Janeiro pelo Partido Democrata Cristão (PDC). Em outubro de 1990, foi
eleito deputado federal pelo PDC. Renunciou o mandato de vereador e tomou posse
na Câmara dos Deputados em 1991. Em 1993, participou da fundação do Partido
Progressista Reformador (PPR), nascido da fusão do PDC e do Partido Democrático
Social (PDS).
Ainda em 1993, envolveu-se em uma polêmica ao alegar que a existência de
muitas leis atrapalhava o exercício do poder e defendeu o retorno do “regime de
exceção” e o fechamento temporário do Congresso Nacional. Declarou que “num
regime de exceção, o chefe, que não precisa ser militar, pega uma caneta e
risca a lei que está atrapalhando”. O deputado Vital Rego, o Corregedor do
Congresso, solicitou ao Procurador-Geral da República, Aristides Junqueira, o
início de uma ação penal por crime contra a segurança nacional, ofensa à
Constituição e ao regime interno da Câmara.
Em 1994 foi reeleito e voltou a pedir o fechamento do Congresso Nacional
e declarou: “Prefiro sobreviver no regime militar a morrer nesta democracia”.
Candidato à reeleição, em sua plataforma de campanha incluía a luta pela
melhoria salarial para os militares, o fim da estabilidade dos servidores, a
defesa do controle da natalidade e a revisão da área dos índios ianomâmis, cuja
extensão considerava absurda. Foi mais uma vez indicado para a Comissão
de Trabalho, Administração e Serviço Público da Câmara. Em 1995 filia-se ao
Partido Progressista Brasileiro (PPB), resultado da fusão do PPR com o PP.
Em 1998, exercendo seu terceiro mandato de deputado, se candidatou ao
cargo para presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, provocando a
reação de vários setores da sociedade, uma vez que o político publicou na
imprensa que defende a pena de morte, a prisão perpétua, o regime de trabalhos
forçados para condenados, a redução da maioridade para 16 anos e o rígido
controle da natalidade como maneira eficaz de combate à miséria e à violência.
Em 2002, foi eleito pela quarta vez ao cargo de deputado federal pelo
PPB, mas nesse mesmo ano, filia-se ao PTB. No início de 2005 deixa o PTB e
filia-se ao PFL. Em abril, deixa o PFL e filia-se ao Partido Progressista (PP).
Em 2006 é eleito para seu quinto mandato. Assume a titularidade das comissões
de Constituição e Justiça e de Cidadania, de Relações Exteriores e de Defesa
Nacional e de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado. Em 2008, em
audiência pública, envolve-se em nova polêmica ao combater a demarcação
contínua realizada pelo governo federal na reserva indígena Raposa Serra do
Sol, em Roraima, que gerou conflitos entre agricultores e indígenas. Alegando
que a demarcação seria um risco à integridade nacional, colocou-se contra o
ministro da Justiça Tarso Genro (PT). Na ocasião, o representante indígena
atirou água no deputado. Em 2009, o PC do B entrou com uma representação contra
o parlamentar por quebra de decoro.
Em 2014, Jair Bolsonaro foi reeleito para o seu 7º mandato. Ficou
conhecido na mídia por suas declarações polêmicas, intrigas com seus colegas da
Câmara e com entidades representantes de negros e homossexuais. Insultou e foi
insultado por adversários. Ofendeu a deputada Maria do Rosário dizendo que não
a estupraria porque ela não merecia. Tornou-se réu no Supremo Tribunal Federal
por incitação ao estupro. Em 17 de abril, durante a votação do impeachment da
presidente Dilma, dedicou seu voto a um torturador da ditadura militar. Em
março de 2016, filiou-se ao PSC, mas entrou em conflito com a
liderança do partido.
Família
Jair Bolsonaro foi casado com a vereadora Rogéria Nantes Nunes, entre
1993 a 2001. Juntos tiveram três filhos: Carlos Bolsonaro (vereador do Rio de
Janeiro), Flávio Bolsonaro (deputado estadual do Rio de Janeiro) e Eduardo
Bolsonaro (deputado federal por São Paulo). Foi também casado com Ana Cristina
Vale, com quem teve um filho. Em 2013 casou-se com Michelle, e com ela tem
uma filha
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