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quinta-feira, 4 de outubro de 2018

MP quer toda a Polícia Civil nas ruas durantes as eleições no RN

Recomendação nesse sentido foi enviada à Secretaria de Segurança Pública e da Defesa Social (Sesed) e à Delegacia Geral de Polícia Civil. Agora, ambos os órgãos têm dois dias para informar se seguirão ou não a determinação O promotor Wendell Beetoven Ribeiro Agra, da 19ª Promotoria de Justiça da Comarca de Natal, recomendou nesta quinta-feira, 4, que todo o efetivo da Polícia Civil do RN trabalhe neste final de semana nas eleições gerais. Texto nesse sentido foi enviado à Secretaria de Segurança Pública e da Defesa Social (Sesed) e à Delegacia Geral de Polícia Civil. Agora, ambos os órgãos têm dois dias para informar se seguirão ou não a determinação. Por ela, os policiais civis já atuariam neste sábado,6, iniciando em áreas sem reforço das forças armadas federais e da Polícia Militar. Ouvido pelo Agora RN na manhã desta quinta-feira, o promotor Wendell Beetoven justificou que o reforço da Polícia Civil seria um complemento importante, tendo em vista a atuação do crime organizado nas eleições. Pelo WhatsApp, ele escreveu o seguinte: “O reforço das Forças Armadas é importante e necessário, mas direcionado a algumas cidades do interior do estado. Os militares federais têm uma atuação limitada à segurança da eleição, não se envolvendo, nesse tipo de operação, na repressão à criminalidade comum – que “não dá trégua” nem no período eleitoral. Por outro lado, com o deslocamento de policiais militares da capital para o interior e com o emprego de parte da tropa na segurança dos locais de votação e de apuração, é natural que diminua o efetivo disponível para o patrulhamento de rotina e a repressão imediata aos crimes comuns. Por isso, é necessário, neste final de semana, o emprego de todas as forças policiais disponíveis, tanto estaduais quanto federais”. Indagado se o reforço teria como foco principal Natal, o promotor respondeu: “Natal possui atualmente áreas sob forte influência de facções criminosas já mapeadas pelas polícias militar e civil. O receio é que, além dos crimes comuns que essas facções praticam no cotidiano, os seus integrantes tentem, de alguma forma, coagir eleitores a votar ou não votar em determinados candidatos. A presença ostensiva das forças policiais nessas localidades é essencial para assegurar o voto livre e, portanto, o exercício do dever democrático”. Perguntado pela reportagem se dois dias não seriam pouco tempo para que a Polícia Civil organizasse uma operação das dimensões propostas pelo MP, o promotor afirmou o seguinte: “A mobilização é possível. Muitos policiais civis já foram, inclusive, mobilizados no Plano Operacional já estabelecido. A recomendação visa aos demais, sobretudo os lotados nas delegacias de Natal e os que trabalham em setores administrativos, que podem ser facilmente convocados hoje e amanhã pelos respectivos chefes”. Acrescentou: “Os policiais civis, assim como quaisquer outros policiais, se submetem a regime jurídico especial de dedicação exclusiva, podendo, em caso de necessidade, ser convocados para o trabalho a qualquer dia ou horário. As eleições são um evento de indiscutível importância para a democracia, exigindo um esforço adicional de todos o sistema de segurança pública”. Sobre a possibilidade de faltarem recursos para cobrir as diários dos policiais nas operações sugeridas, Wendell disse o seguinte: “É razoável que, diante de uma situação especialíssima como essa, os policiais trabalhem mesmo sem o recebimento antecipado de diárias. Isso não impede que, depois das eleições, a PCRN/SESED recompense esses policiais com diárias ou folgas”. Fonte: Agora RN

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